No dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinava a carta de abolição da escravidão no Brasil. É importante salientar que a colônia portuguesa se utilizava da mão de obra escrava para realizar os seus trabalhos.
Tendo o Pau Brasil como matéria principal e fonte de riqueza primeiramente, a mudança da lógica econômica com a chegada da cana de açúcar, e mais tarde ouro e café fizeram com quer muitos negros viessem em porões de navios africano para o Brasil.
Com isso os negros passaram a trabalhar nas lavouras em situações precária e desumanização
Na configuração atual, o processo de escravização ganhou contornos de modernidade, presente em realidade estruturante.
Hoje somos escravos de um padrão de beleza imposto pelo sistema, que se torna inalcançável, fazendo muitas vezes as pessoas desenvolverem patologias.
Somos escravos de uma cultura que rótula o valor do indivíduo pelo ter e não pelo ser ser.
Somos escravos de uma sociedade que mata seus heróis, e ressuscita herters das redes sociais
Somos escravos de um modelo de agenda econômica que não coloca o pobre no centro de suas prioridades.
Somos escravos de uma gestão ambiental que valoriza muito mais o capitalismo, matando os nossos mananciais, destruindo nossas árvores, vitimando homens e mulheres do campo.
Somos escravos de uma polarização política, que enxerga no entanto outro uma ameaça e não um amigo.
Somos escravos de um sistema religioso que instrumentaliza a fé humana, em busca de interesses próprios.
Em suma somos ainda resquícios de uma historicidade, que vive dia após dia, a luta para se desagarar das correntes imposta pela história.
Colunista: Professor Marcos Aurélio
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