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A visão machista na política com contorno religioso.

Os últimos anos, a política no Brasil foi tomada por uma avalanche de retórica neoconservadora, sobre tudo quando se utiliza de um discurso Teológico que mais tem haver com racionalismo e machismo, do que propriamente com aquilo que combateu Jesus na sociedade de sua época.

Recentemente uma deputada estadual do Maranhão denominada Mical Damaceno disse em sua fala na assembleia legislativa do Maranhão que deveria haver uma solenidade do dia da família naquela casa apenas com homens para mostrar quem é o cabeça da casa, até entendo que a nobre deputada, está imbuída de uma concepção religiosa que parece fundamentar sua caminhada enquanto parlamentar. No entanto o que não fica muito evidente é o fato de que se é uma solenidade do dia da família, por que não chamar os familiares dos próprios deputados, e como fica aquelas mulheres que são abandonadas pelos seus parceiros, tendo que ser mãe e pai ao mesmo tempo.

Tal tese revestida de um machismo pseudo religioso, não encontra eco nos ensinos de Jesus de Nazaré. O papel da mulher na cristologia sempre foi relevante e importante, basta observar que houveram várias mulheres que sustentarem o ministério de Cristo.

A representação do pai e da mãe no contexto familia, não pode ser encarado como uma ortodoxia,mais sim como uma parceria harmoniosa aonde ambos saibam seu real papel, sem deixar de se completarem.

A parlamentar ainda falou que a mulher tem que entender que a mesma deve ser submissa ao seu marido, no entanto submissão não deve ser sinônimo de humilhação e nem instrumentalização da figura feminina. Ser submissa na hermenêutica bíblica, é colaborar com a missão concedida ao homem.

Em tempos pós moderno não se concebe mais reproduzir um discurso cujo a intenção seja manisfestar uma visão pseudo apoiadora da família.


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